segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mais feliz que pinto no lixo

Hoje recebi a noticia que ganhei um dos ingressos para a noite de maratona da Saga Crepúsculo do Telecine.
Pelo visto vai ser uma coisa muito grande, segundo o hotsite da promoção é o maior evento no Brasil, e vai contar com a exibição dos 3 filmes com Dj’s e atrações. Claro que estou super curiosa para saber quais são essas atrações.
Prometo levar a maquina e tirar varias fotos. Se ganhar algum brinde especial (e como não gosto de colecionar nada a não serem livros) vou fazer um sorteio aqui no blog.
O evento acontece nesse sábado (23/10). Então fiquem de olho para novidades.

Segue a fic que me garantiu um lugar nessa (versão curta, porque o limite eram 6500 caracteres):
Meu Deus
Eu finalmente cheguei onde deveria esperar para ver meu destino mudar mais uma vez. No entanto dessa vez tinha previsto e não poderia estar mais ansiosa, isso eu queria com todas as minhas forças.
Entrando no lugar uma angustia me afligiu, ele poderia perfeitamente não querer aquilo, mesmo que o tenha visto no meu caminho isso não significava que iria querer andar ao meu lado.
A lanchonete era um lugar simples sem muitos fregueses.
Escolhi a mesa em que sentava em minha visão, assim que ele virasse a esquina o veria.
Tudo que tinha que fazer agora era esperar.
O relógio em cima do balcão marcava 22:36, ele só chegaria as 23:03.
- O que vai ser? – A garçonete me perguntou.
Eu não comeria nem muito menos beberia qualquer coisa que ela pudesse me oferecer, mas não poderia ficar ali sentada na próxima hora sem pedir nada.
- O que você recomenda? – Perguntei sem saber o que pedir.
- Cheeseburguer e um refrigerante? – Ela me ofereceu sem se preocupar muito em me agradar.
- Pode ser.
Tudo que eu queria era poder vê-lo com meus olhos, as minhas visões não me permitiam saber de tudo que queria sobre ele. Eu queria saber como a sua pele era em contato com a minha, a sua voz era quando falava meu nome, queria saber se os seus olhos brilhavam como os meus com a possibilidade de ficarmos juntos para sempre.
- Seu pedido - Como as pessoas conseguiam comer uma coisa dessas nunca iria entender.
Ela saiu em direção ao balcão e começou uma conversa com o homem atrás dele sobre mim, mas não queria ouvir então desviei minha atenção para o relógio. Não estava com sorte a hora parecia não ter passado.
Eu sabia que aqueles 12 minutos não eram nada comparados com todos esses anos que passei longe dele.
Fiquei olhando a janela, logo ele estaria virando a esquina. Não estava longe podia sentir isso.
Suspirei profundamente, não que eu precisasse do ar, pensei que aquilo me deixaria mais calma, mas foi em vão ainda mais quando olhei para a esquina e ele estava lá parado, olhando para os lados, provavelmente decidindo o que iria fazer.
Nossos olhares se encontraram pela primeira vez mesmo com toda a chuva pude vê-lo com clareza, ele era tudo.
Cruzou a rua vindo em minha direção. Entrou pela porta e agora estava mais próxima do que nunca do meu futuro.
- Eu estava te esperando.
- Posso sentar? – Ele perguntou ainda me olhando.
Sua voz era perfeita, parecia musica e me envolveu completamente.
- Claro.
- Desculpe se me atrasei.
Éramos somente eu e ele e nada mais importava.
Ele era perfeito em todos as formas da palavra. Queria saber tudo, cada detalhe da sua vida. Nós éramos perfeitos um para o outro.
Estiquei a mão para tocar a sua que estava em cima da mesa. Quando minha mão alcançou a sua senti que tudo que eu precisava para continuar existindo era tê-lo ao meu lado.
- Eu posso saber o seu nome?
- Alice – Falei com a voz baixa – O seu?
- Jasper – Ele era todo perfeito até seu nome me dizia isso. Não consegui evitar sorrir e ele me olhou curioso – O que tem de tão engraçado em meu nome?
- Não é com seu nome, você deve me achar uma maluca.
- E porque acharia?
- Você entra em um restaurante e encontra uma mulher que diz que o estava esperando. Isso é difícil de acreditar – Falei ainda olhando nossas mãos juntas.
- Eu estou feliz por estar aqui com você – Olhei para os seus olhos imediatamente, eles pareciam aliviados como se estivesse perdido antes e agora tinha se encontrado, o que me deixou feliz e senti como se fosse apaixonada por ele minha vida toda.
Ele me olhava como se fosse capaz de ler meus sentimentos. Eu queria contar para ele tudo que estava sentindo, mas sabia que aquilo era absurdo, alguém não poderia se apaixonar assim só de ver a outra pessoa.
- Me fale de você – Disse tentando evitar aqueles olhos inquisitórios.
- O que quer saber? – Mexeu a mão deixando a sua em cima da minha, a cada toque dele me sentia mais protegida.
Perto dele tudo parecia ser possível e tinha a certeza que a felicidade que sentia agora era só o começo de tudo que poderia sentir com ele.
Ele me contou tudo sobre sua vida no sul, como foi transformado, a maneira que lutou todos esses anos e tinha perdido a certeza que estava do lado certo ou a certeza que a fazia a coisa certa. Sua vida me fascinava, ainda mais quando lembrava tão pouco da minha.
Ele ainda não tinha me perguntado sobre meus dias antes de hoje, sabia que era apenas questão de tempo logo também iria querer saber, mas quando isso acontecesse não saberia o que dizer, minha história era tão curta e cheia de buracos comparada a sua. Por um instante aquilo me aterrorizou, ele parou de falar e me olhou confuso.
- Qual é o problema? – Ele estava com a testa franzida e seus olhos ficaram agoniados como se refletindo o que eu sentia.
- Porque você parou de falar? – Perguntei tentando mandar a tristeza que me invadiu embora, quando senti uma onda do que parecia felicidade pura. Não consegui evitar e sorri, ele também sorriu e o olhei tentando entender o que tinha acontecido. Pareceu perceber minha confusão.
- Eu preciso te contar uma coisa – Ele falou me olhando ainda mais profundamente nos olhos – Eu só entrei aqui porque quando nossos olhos se encontraram pude sentir tudo que você sentia naquele momento.
- Quer dizer que você sente o que as pessoas sentem?
- Eu também posso fazê-las sentir o que eu quiser.
Eu apenas o olhava sem saber o que fazer.
- Isso é realmente incrível – Falava mais comigo mesma do que com ele, estava envergonhada demais.
- Você estava feliz, mas de repente se sentiu triste. Queria saber o que aconteceu se foi algo que eu disse.
- Não foi nada que você disse. Eu apenas me senti assim quando percebi que quando você me perguntasse sobre minha vida não teria nada a falar. Exceto que quando fui transformada o seu rosto e esse dia foi a primeira visão que tive.
Ele se levantou e jogou um dinheiro na mesa me estendeu a mão.
- Anda comigo? – Ele perguntou de toda aquela altura. Sorri e segurei sua mão, aquilo parecia tão certo e perfeito.
Saímos para a rua, a chuva tinha parado e se transformado em uma leve garoa fazendo as luzes da cidade cintilarem. Chegamos a margem do lago, ele virou para mim ficando de costas para o resto da cidade.
- Você é linda – Ele disse tocando meu rosto.
Se curvou e me beijou. Nosso primeiro beijo, senti como se o mundo fizesse sentido novamente, como se nada mais importasse. Era perfeito e tudo que eu queria era ver a eternidade passar bem devagar para poder aproveitar cada momento com ele.
Ele era tudo pra mim, meu anjo, meu guardião. Meu deus.

domingo, 17 de outubro de 2010

Paraíso Otaku

Sozinha em casa no fim de semana lembrei que precisava de um bloco de notas, para carregar dentro da bolsa. Não existe melhor lugar que a Liberdade para comprar isso. Dessa vez lembrei de levar a maquina afinal nunca se sabe o que vai inspirar.
O bairro é o maior reduto da comunidade japonesa em São Paulo. A marca registrada dessa influência esta nas ruas com suas lindas luminárias tipicamente orientais. Os famosos futons, os restaurantes japoneses e chineses, as lojas de presentes, os cosméticos, os karaokês e as panelas de arroz, fazem da Liberdade o lugar para se fazer compras em um domingo ensolarado.
A Praça da Liberdade é uma profusão de pessoas atraídas pela feira que acontece por la. As barraquinhas que vendem peças de roupas, utensílios de madeira e pequenas bonequinhas vestidas de gueixa não atraem tantas pessoas quando as de comidas. Pode se encontrar de tudo, camarões no espeto, yakissoba para comer de rechi em pé na calçada, raspadinhas de todos os sabores e os bolinhos de feijão doce que são virados na chapa quente com uma habilidade impressionante.
Um lugar cheio de supressas onde fechar uma rua significa um palhaço magnífico fazendo graças e brincando.
E terminar o passeio tomando um Melona na ponte enquanto olha a av. Radial Leste-Oeste estranhamente sem engarrafamento.
Andar pela Liberdade é um passeio magnífico que todos deveriam fazer pelo menos uma vez.
 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Alucinação Coletiva

Essa noite foi estranha em vários aspectos.

Estava tão cansada por ter passado o dia escrevendo meu roteiro (que esta quase pronto e lookin’ good) que fui para a cama mais cedo que o normal, muito mais cedo. Com a idéia de ler ate a hora que o sono viesse, mas o sono veio mais rápido que poderia prever, acabei dormindo com ele em cima do peito e a luz acessa. Acordei no meio da madrugada com o livro me espetando o rosto e a luz incomodando. Fechei o livro, apaguei a luz, depois disso foi aquela luta para pegar no sono novamente. Quem é insone sabe que uma vez perdido o sono é uma batalha para voltar a dormir.

Comecei a pensar em imagens para o roteiro, passei as cores e cheguei a conclusão que minha personagem principal não tem um rosto, não consigo pensar em como ela se parece. No meio de todas essas idéias acabei pegando no sono de novo.

Eis que vem a parte realmente estranha da noite, meu sonho. Uma atividade importante para quem escreve é anotar toda e qualquer coisa, por mais banal ou simples que seja. Já perdi algumas ótimas idéias porque não anotei crente que iria lembrar depois. Os sonhos é uma dessas coisas dignas de registrar, a gente só se lembra de uma parte do que sonhamos e se não anotar vai esquecer mesmo, sonhos tendem a ser mais escorregadios que as idéias. Não sou muito de sonhar, quando durmo, durmo para valer sem espaço para mais nada, mas às vezes acontece e sempre é alguma coisa estranha ou alguma idéia para desencravar um texto.

O sonho dessa noite foi uma experiência metafísica. Estava em uma cidade desconhecida, fugindo pelas ruas de alguma coisa que não conseguia ver, mas sabia que estava perto e iria me alcançar a qualquer momento. Ate que em um dado momento atingi uma praça circular com um aglomerado de milhares de pessoas. Com a característica que só os sonhos têm, que nos permite saber das coisas simplesmente por sabê-las, sabia que naquela praça estavam todas as pessoas da cidade. Elas não me viam, ou sequer notavam minha presença. Estavam em algum tipo de alucinação, vendo no meio da praça uma entidade que não estava la, pelo menos não pra mim.

Acordei com uma inquietação, que normalmente tenho depois dos pesadelos.

Todas aquelas pessoas estavam em uma alucinação coletiva, ou era eu quem estava alucinando ao não ver nada no meio daquela praça?

Não sei o que esse sonho significa, mas sei que uma noite estranha certamente tinha que vir com um sonho mais estranho ainda.

Vai entrar no caderninho de idéias e quem sabe não escrevo uma passagem do livro com uma alucinação coletiva.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Boarwalk Empire – Onde o crime compensa (e muito)

Poucas são as vezes que posso dizer que alguma coisa realmente me deixou embasbacada.
Quem me conhece sabe que muito, senão tudo, da minha cultura pop vem das series de TV americanas, os famosos enlatados americanoides. Já vi uma grande quantidade deles, e cada vez mais me surpreendo com a qualidade que alguns atingem, fazendo espectador perder a noção que esta vendo um programa de TV e não um filme de cinema.
Tenho as minhas favoritas e muito orgulho delas. Tenho as que já foram favoritas e agora não consigo nem ver na frente. E tenho, claro, as imortais, que não importa quantas vezes reprise sempre me acabo de rir com as piadas ou prender a respiração nas cenas cruciais.
Falar de serie é quase tão bom quanto assisti-las. Sempre vou conseguir lembrar-se de uma esquecida no fundo o baú, que tinha um personagem tal, que falava de maneira tal e é um ótimo exemplo para a situação do momento.
Mas não estou aqui para falar do quanto gosto de ver uma boa serie. Estou aqui porque vi uma serie boa pra cara*** que me deixou sentindo com uma criança em época de Natal.
Estou aqui para falar de Boarkwalk Empire, a serie que na minha opinião merece ser o maior hit de temporada.
Baseada no livro do autor Nelson Johnson, Boardwalk Empire: The Birth, High Times and Corruption of Atlantic City. Escrita por ninguém menos que Terence Winter, criador e mestre por trás do sucesso The Sopranos. Com o primeiro episodio foi dirigido pelo grande Martin Scorsese, que também é o produtor, conhecido por fazer filmes da máfia que nos deixam babando.
Ambienta na “Las Vegas do Atlântico”, a trama gira em torno de Enoch “Nucky” Johnson, tesoureiro da cidade na década de 1920, responsável tanto pelo boom de turismo que enriqueceu Atlantic City quanto pela criação de uma rede de corrupção e crime. Um soberano do período da lei seca nos EUA, que tinha aliados gângsters como Lucky Luciano (Vincet Piazza), Armold Rothstein (Michael Stuhlbarg) e um jovem Al Capone (Stephen Graham). Ao mesmo tempo em que fala de forma passional para a Liga Contra o Álcool, faz esquemas para trazer carregamentos contrabandeados para a cidade e inicia o jovem, veterano da Primeira Guerra, Jimmy (Michael Pitt) nos caminhos do sucesso a qualquer preço.
Em suas palavras: “First rule of politics, kiddo. Never let the truth get in the way of a good story” (Primeira regra da politica, garoto. Nunca deixe que a verdade fiquei no caminho de uma boa história). O que reflete muito bem que tipo de pessoa esta diante de nós.
Uma serie com seu personagem central e real chamado Enoch, um primeiro episódio dirigido por Martin Scorsese, com luta de anões, Al Capone, e miolos voando em direção a câmera, não tem como ser ruim.
Boarwalk Empire, é a serie que encanta, impressiona, faz o queixo cair, arranca risos e lagrimas, tudo nos primeiros minutos na tela. Super recomendo.
Começa dia 17 na HBO, aqui no Brasil, la nos EUA já foram ao ar 3 episódios.
Ai vai o trailer que esta passando na TV aqui no Brasil: