quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Alucinação Coletiva

Essa noite foi estranha em vários aspectos.

Estava tão cansada por ter passado o dia escrevendo meu roteiro (que esta quase pronto e lookin’ good) que fui para a cama mais cedo que o normal, muito mais cedo. Com a idéia de ler ate a hora que o sono viesse, mas o sono veio mais rápido que poderia prever, acabei dormindo com ele em cima do peito e a luz acessa. Acordei no meio da madrugada com o livro me espetando o rosto e a luz incomodando. Fechei o livro, apaguei a luz, depois disso foi aquela luta para pegar no sono novamente. Quem é insone sabe que uma vez perdido o sono é uma batalha para voltar a dormir.

Comecei a pensar em imagens para o roteiro, passei as cores e cheguei a conclusão que minha personagem principal não tem um rosto, não consigo pensar em como ela se parece. No meio de todas essas idéias acabei pegando no sono de novo.

Eis que vem a parte realmente estranha da noite, meu sonho. Uma atividade importante para quem escreve é anotar toda e qualquer coisa, por mais banal ou simples que seja. Já perdi algumas ótimas idéias porque não anotei crente que iria lembrar depois. Os sonhos é uma dessas coisas dignas de registrar, a gente só se lembra de uma parte do que sonhamos e se não anotar vai esquecer mesmo, sonhos tendem a ser mais escorregadios que as idéias. Não sou muito de sonhar, quando durmo, durmo para valer sem espaço para mais nada, mas às vezes acontece e sempre é alguma coisa estranha ou alguma idéia para desencravar um texto.

O sonho dessa noite foi uma experiência metafísica. Estava em uma cidade desconhecida, fugindo pelas ruas de alguma coisa que não conseguia ver, mas sabia que estava perto e iria me alcançar a qualquer momento. Ate que em um dado momento atingi uma praça circular com um aglomerado de milhares de pessoas. Com a característica que só os sonhos têm, que nos permite saber das coisas simplesmente por sabê-las, sabia que naquela praça estavam todas as pessoas da cidade. Elas não me viam, ou sequer notavam minha presença. Estavam em algum tipo de alucinação, vendo no meio da praça uma entidade que não estava la, pelo menos não pra mim.

Acordei com uma inquietação, que normalmente tenho depois dos pesadelos.

Todas aquelas pessoas estavam em uma alucinação coletiva, ou era eu quem estava alucinando ao não ver nada no meio daquela praça?

Não sei o que esse sonho significa, mas sei que uma noite estranha certamente tinha que vir com um sonho mais estranho ainda.

Vai entrar no caderninho de idéias e quem sabe não escrevo uma passagem do livro com uma alucinação coletiva.

5 comentários:

  1. Ahh eu costumo ter alguns sonhos loucos... a maioria dos meus textos vieram desses sonhos, dá pra ter uma ideia do nivel né? rsrs

    Eu tenho facilidade para lembrar desses tipos de sonhos, os normais é que esqueço...

    Eu não tenho um caderninho... mas eu tenho tantas folhas espalhadas por todo o lugar...

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  2. Incrivel e completamente chocante, mas, essa noite tambem foi a minha de ter um sonho estranho, e o mais incrível é que os sonhos loucos são lembrados com uma riqueza de detalhes muito maior que os sonhos normais

    Tenho que criar vergonha e criar meu caderninho, fato

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  3. Ju, achei um sonho totalemnte diferente e me deixou intricada. geralemnte meus sonhos são bem normais, mais adoraria sonhar umas copisas meios estranhas asaahus'. acho que ficaria muito enteressante acrescentar essa parte no livro. vou torçer por isso.
    beijo =**

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  4. Ahh que lindo Juh!
    ahahah
    mas nem me surpreendo, afinal você sempre foi estranha O.o
    ahahhahahah
    Bjooss

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  5. Nossa se eu fosse contar todos os meus sonhos bizarros daria um livro maior que a bíblia!! Ou que o HP5, já não sei qual é maior, rsrsrs...
    Mas pior que uma alucinação coletiva é ser rejeitada pelo Johny Deep no seu próprio sonho...=(

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