domingo, 21 de novembro de 2010

Chegar ao fim

Ontem terminei um livro que estava querendo reler há algum tempo. O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry. Dizem que esse livro não importa quantas vezes o leia sempre vai ter uma interpretação diferente da sua historia.
Quando o li pela primeira vez era uma criança e agora já adulta (ou quase isso) percebi que isso é totalmente verdade. Crianças são muito mais simples, aquela Juliana viu o livro como uma linda fabula de um príncipe solitário que queria um amigo. Já essa Juliana tentou buscar a verdadeira analogia por trás daquele príncipe de um reino tão pequeno e solitário.
Claro que aquela Juliana é muito mais cativante que essa Juliana, mas aquela não tinha vivido tudo que essa já viveu.
Mas não vim aqui para falar da experiência única que é reler O Pequeno Príncipe. Quero falar da experiência de terminar um livro, mesmo que seja um livro que já tinha lido antes.
Terminar um livro é mais ou menos como aprender um novo idioma, você se esquece de como era antes quando não sabia falar aquela língua. É mais que terminar uma viagem, muito mais. Quando a ultima palavra acompanhada pelo ultimo ponto final surge bate uma saudade instantânea. Saudade igual a que bate ao se despedir de um grande amigo e vê-lo se afastando.
Terminar um livro é bom, porque é como se aquela coisa se tornasse parte da gente, deixando o coração maior e mais feliz. Mas também é triste, porque não é divertido deixar um amigo ir embora.
Como diria o pequeno principezinho: “A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar”.