Algumas pessoas me pedem para ler os contos que escrevo, alem das fics (para quem não sabe fanfic é um texto de um fã usando o universo criado por outra pessoa). Então decidi postar esse conto que escrevi baseado na historia de uma amiga.
O vizinho do A 12
Maria era nova em São Paulo, saiu da casa da mãe para se ariscar na cidade grande e assim realizar seu sonho.
Tinha passado os primeiros meses do ano morando no que poderia ser, no mínimo, chamado de pocilga. Aturando um senhorio mal educado e grotesco, pagando o dinheiro que não tinha, e que, definitivamente, não valia pelo que recebia.
Depois de seis meses de procura finalmente encontrou as pessoas certas, com as mesmas afinidades para dividir um apartamento perto da universidade.
Tinha acabado de sair da imobiliária, estava com as chaves do primeiro apartamento que teria sozinha. As duas colegas estavam em aulas na parte da tarde, e não poderiam estar presentes na primeira visita a nova casa.
Maria foi sozinha, descendo as ruas do bairro, procurando o endereço. As amigas já tinham estado no prédio, mas era sua primeira vez no lugar que seria sua casa pelos próximos quatro anos, no mínimo. Estava animada, sua ansiedade crescia com os números dos prédios. Finalmente atingiu o numero que tanto queria. As janelas estranhas, pintadas de marrom e emolduradas pelo bege típico dos apartamentos daquela área, foram a primeira coisa que chamou sua atenção.
Sorriu para o porteiro e se apresentou como a nova moradora do B12, ele imediatamente a deixou entrar e indicou que deveria seguir pelo corredor que levava os apartamentos do bloco A e B. Maria entrou no primeiro elevador que viu, não prestando a atenção na plaqueta logo a cima da porta que dizia “Bloco A”. Apertou o botão com o numero um e esperou a curta viagem terminar. Quando as portas finalmente abriram, suas mãos suavam segurando as chaves que abriria a porta.
Saiu do elevador e parou no meio do corredor esperando as luzes acenderem pelo sistema de presença, mas depois de alguns segundos percebeu que não aconteceria. Como o numero 12 estava bem em sua frente e as chaves estavam em sua mão, se ariscou no escuro, tentando acertar o buraco da fechadura na pouca luz gerada pelo elevador que ainda estava parado no andar. Depois da terceira tentativa de abrir a porta, Maria tinha certeza que não era culpa de não conseguir achar a fechadura no escuro, só poderia ser problema com a chave ou a fechadura, talvez a mulher da imobiliária tenha entregado as chaves erradas ou a fechadura estava com problemas. Bufou irritada e chutou a porta para extravasar.
Congelou no lugar, quando ouviu a porta ser aberta pelo lado de dentro. Logo surgiu em sua frente uma personificação de um deus. Um homem alto, com pelo menos 1,90 metros de altura, músculos bem torneados, graças a academia do prédio, pensou. Cabelos ainda mais negros por estarem molhados e o melhor de tudo com apenas uma toalha amarela na cintura. Maria perdeu o controle dos sentidos no momento que seus olhos bateram no abdômen do Adônis em sua frente.
Não sabia o que dizer, o que fazer, ou sequer quem era. Aquele era sem duvidas o homem mais lindo que tinha visto em toda sua vida.
- Pois não? – Ele perguntou quebrando o constrangedor silêncio que pairou no pequeno espaço do corredor.
- Aqui não é o B12? – Perguntou quando conseguiu engolir o enorme bolo que se formou em sua garganta.
- A12 – O estranho respondeu e a olhou com uma sobrancelha arqueada.
Aquele pequeno gesto fez a cabeça de Maria girar como se não tivesse ar suficiente em seu sangue, a fazendo perceber que estava segurando a respiração como sequer respirar perto daquele homem seria um crime.
- Desculpa – Pediu esganiçada dando as costas para o Adônis e apertando freneticamente o botão do elevador.
Sabia que ele ainda estava parado na porta, devido a luz que invadia o corredor, mas não ousaria roubar uma olhadela. Começou a bater o pé freneticamente torcendo que aqueles penosos segundos passassem mais rápido. Sem agüentar olhou para o estranho de canto de olho e o viu parado na porta, olhando diretamente para ela, com o ombro encostado no batente e os braços cruzados em cima do peito nu. Sorriu assim que percebeu seu olhar sobre si. Maria tentou se concentrar no elevador que se recusava em aparecer e não no vizinho gostoso que insistia a permanecer ali a olhando.
Maria respirou aliviada quando o elevador finalmente apareceu, puxou a porta com mais força que o necessário e entrou se controlando para não dar uma ultima olhada no vizinho.
- Tchau – Ela o ouviu dizer antes que a porta do elevador se fechasse.
Maria encostou contra o espelho do pequeno cubículo, tentando recuperar a calma e a sanidade, depois do seu encontro com um deus do Olímpio em carne e osso (mais carne que osso, claro).
- Ninguém vai acreditar.
Hum....ahahaha...Uma pena que essa Maria não sou eu e além disso, para ser perfeito teria que ser loiro..ahahhaa Adorei o conto Juh..
ResponderExcluirBjooss
Amei Juh!!!
ResponderExcluirMas, devo dizer que se eu fosse a Maria, o conto ia render uma classificação para adultos /pisca
Parabéns!
kkkkkkkkkkkkkkkk, vc só narrou e aconteceu isso assim mesmo? Pq se for eu acho que sei pq a Maria não anda atendendo meus telefonemas...Está ocupada demais com o vizinho....
ResponderExcluirhuahauahuahauhauaha imagino a cara dela!!!!!!!! huahauhauahuhuhauahuaha